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Pentecostes

A palavra Pentecostes, Πεντηκοστή em grego, significando ("qüinquagésimo") é uma festa cristã, que tem sua origem na festa judaica conhecida pelo nome de Shavuot, em hebraico שבועות (sete semanas), que era a Festa das Colheitas ou Festa das Primícias, celebrada no qüinquagésimo dia do Sefirat Haômer, que é a contagem dos quarenta e nove dias ou sete semanas entre Pessach e Shavuot.

Shavuot assim como Pessach, foi inserida no contexto cristão, mas dentro de uma perspectiva diferente. Para os judeus era uma festa campestre, celebrada no mês de Sivan, que é o nono mês do ano civil e o terceiro mês do ano eclesiástico no calendário hebraico, um mês de trinta dias na primavera do hemisfério norte, mas para os cristãos a festa do Pentecostes, a festa celebrada quarenta e nove dias depois da Páscoa, o dia cinqüenta após a Páscoa, tem um significado bem diferente.

Para o cristianismo a Festa do Pentecostes significa o cumprimento da promessa que Jesus, o Cristo fez de que não deixaria os discípulos sozinhos, mas lhes enviaria o Paráclito, Consolador, o Espírito Santo.


"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco"

(Evangelho Segundo São João, Capítulo 14, versículo 16)



Na verdade, o termo é encontrado na Bíblia apenas no Evangelho Segundo São João, citado cinco vezes, todas as vezes Jesus indica o Espírito Santo como sendo seu substituto, que seria enviado pelo Pai para estar junto dos que dele derem testemunho.


"Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim."

(Evangelho Segundo São João, Capítulo 15, versículo 26)



Esta foi a promessa feita por Jesus, o Cristo. De que nos enviaria o Paráclito, do grego παράκλητος, significando "aquele que consola ou conforta; aquele que encoraja e reanima; aquele que revive; aquele que intercede em nosso favor como um defensor numa corte", segundo a Wikipedia no endereço https://pt.wikipedia.org/wiki/Paráclito. De acordo com a fé cristã, nas passagens onde Jesus faz promessas de que enviaria o Paráclito, ele estava, na verdade, revelando mistérios sobre sua morte e posterior ressurreição.

O cumprimento da promessa de Cristo, segundo o cristianismo, tem como característica o chamado derramamento do Espírito Santo, revelado através de alguns fenômenos religiosos de caráter místico com aparente estado de alteração da consciência.


"Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reu­nidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua. Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: “Não são, porventura, galileus todos estes que falam? Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Partos, medos, elamitas; os que habitam a Mesopotâmia, a Judeia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia, a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos, judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicarem em nossas línguas as maravilhas de Deus!”. Estavam, pois, todos atônitos e, sem saber o que pensar, perguntavam uns aos outros: “Que significam estas coisas?” Outros, porém, escarnecendo, diziam: “Estão todos embriagados de vinho doce”. Pedro, então, pondo-se de pé em companhia dos Onze, com voz forte lhes disse: “Homens da Judeia e vós todos que habitais em Jerusalém: seja-vos isto conhecido e prestai atenção às mi­nhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, visto não ser ainda a hora terceira do dia. Mas cumpre-se o que foi dito pelo profeta Joel: Acontecerá nos últimos dias – é Deus quem fala –, que derramarei do meu Espírito sobre todo ser vivo: profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas. Os vossos jovens terão visões, e os vossos anciãos sonharão. Sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei naqueles dias do meu Espírito e profetizarão. Farei aparecer prodígios em cima, no céu, e milagres embaixo, na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. E, então, todo o que invocar o nome do Senhor será salvo (Jl 3,1-5)”."

(Atos dos Apóstolos, capítulo 2 , versículos de 1 a 21)



Esta experiência mística ficou conhecida como batismo com o Espírito Santo. Na Igreja Católica, o recebimento do Espírito Santo é simbolizado por um rito, o crisma ou confirmação, onde o bispo unge o crismando com óleo consagrado na fronte. O assunto é motivo de muita polêmica no meio cristão, mas com a ascensão das igrejas pentecostais e do surgimento do movimento carismático, manifestações que procuram fazer analogia ao fenômeno relatado no capítulo dois do livro dos Atos dos Apóstolos se tornaram corriqueiras na cristandade.



Mas como disse o apóstolo Paulo:

"[...] As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará.".

(Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 13, versículo 8)



O que é mais importante não é a aparência que você diz ter da presença do Espírito Santo, mas o quanto Ele, de fato, está presente na sua vida, pois uma pessoa que diz ter um Espírito Santo precisa, no mínimo, ser educada, ser generosa e agir com mansidão.