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Resumo da Carta de São Paulo a Tito

O Apóstolo Paulo trata nesta carta sobre assuntos comuns às demais comunidades que se desenvolveram em regiões que tinham em sua formação cultural e religiosa a influência grega. O próprio Tito, destinatário desta e colaborador com Paulo no crescimento do cristianismo era grego. Escrita durante as últimas viagens do apóstolo depois de sua provável libertação no ano 62 d.C., a carta debate especificamente sobre um programa de vida relativo aos bispos, homens, mulheres, idosos, moços, moças, além de servos e ao próprio Tito, por ser este responsável pela comunidade cristã na ilha de Creta. É óbvio que por ser uma carta de cunho religioso, o apóstolo também faz declarações sobre Deus, em especial aos atributos de Sua graça.

A influência da filosofia grega foi um dos grandes obstáculos encontrados pelo apóstolo, sobretudo o discurso gnóstico, tratado no capítulo primeiro e no capítulo três da carta, além dos costumes e práticas religiosas não condizentes com a moral cristã, tratadas no capítulo primeiro. A epístola pastoral possui três capítulos, sendo o primeiro composto por dezesseis versículos, o segundo por quinze e o terceiro também por quinze. Conforme a Bíblia Ave Maria a carta se divide em: Saudação, Instruções para Organização da Igreja, Vícios dos Cretenses, Instruções Relativas aos fiéis, Efeitos da graça de Deus, Deveres dos fiéis e Conclusão. São seus personagens principais o Apóstolo São Paulo, autor da carta, e Tito, bispo da ilha de Creta, mas também são citados Ártemis, Tíquico, o jurista Zenas e Apolo.

Jesus é descrito na obra como nosso Salvador, o veículo por onde a graça de Deus nos é manifestada. A obra reflete a preocupação do apóstolo Paulo com a continuidade do trabalho missionário que fizera em suas viagens, revelando a responsabilidade e o zelo concernentes à liderança pastoral para o desenvolvimento do reino de Deus. Embora pequena, a carta é rica em sua moral religiosa e filosófica contendo afirmações inspiradoras como também polêmicas, destaque para o versículo quinze do capítulo primeiro, onde o apóstolo diz: “Para os puros todas as coisas são puras. Para os corruptos e descrentes nada é puro: até a sua mente e consciência são corrompidas”.

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Saint Paul Writing, 1520s, Pier Francesco Sacchi